Ai quem me dera ser a ponta da fofura,
Posto avançado na guerra contra a amargura.
Comi algodões e doces, e balões de cores engoli.
Só sei que muito colo e abraços sufocantes, que muito acolhimento vivi,
Até mesmo quando as verdades eram inconvenientes.
Beijei patinhas de bichinhos e bocas açucaradas.
Que desajeitadamente, fiz e ofereci até corações com dedos gordos e gentis.
E mandei votos e versos ao céu cinzento, até em Camaçari encontrei alento.
Que acreditemos na beleza da vida. E mentalizemos firmemente toda a gente linda. Gente com quem me importo. Linda por dentro de dengos, portos e poros em busca de afeição. Que há gente que se importa comigo também.
(Não é que eu seja Poliana. Simplesmente amei)
E que superemos a tudo com esperança, temperança e brandura.
Nunca com violência ou por vingança. Nunca por ódio ou desventura.
A humanidade que descobre tantas coisas, ainda não descobriu o impossível.
Que nossa humanidade se revele sempre que alguém se rebele contra o torpor. Se rebele contra a covardia.
E eu sei, de um saber calado, que há pessoas verdadeiramente especiais ao meu lado.
Que há esperança e belas canções.
Que há amor, música e luzes pra todos nós.
Um lugar pra gente chamar de nosso. Um amor que acontece. Uma voz que nos veste.
Que a arte florida flerte de volta pra gente.
Que o amor sobre e seja suficiente. E toda gente não seja mais moída pelas engrenagens da morte doida do esquecimento. A morte em vida por abandono e desalento.
Que esse triste abatimento da nossa fibra cessará afinal.
E que há de haver mais sorte a quem sofre nessa vida.
Chega de assistirmos a crueldade humana em movimento. Chega de conivências infames e servis.
Seremos hoje ainda mais que ontem.
Podemos! E podemos mais. Poderemos!
E faremos acontecer no tecer da nossas histórias.
Nunca iremos esmorecer.
Que meu amor estará lá.
Que nem tudo é solidão.
Que não estamos sós.
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