quinta-feira, 20 de agosto de 2009

DIALÉTICA DA FEIÚRA E DA BELEZA INTERIOR

Querer do feio, ferido prévio:
Que só se enamore do semelhante;
Que se distraia;
Que se encha contente, interior
E dique artificial...
É pedir voto de pobreza ao pedinte.

Ah se São Francisco aqui viesse!
Hoje quem sabe, não devia de vir mulher!?

Ex-capa-atriz-cantora-modêlo-dançarina, conclamaria:
- Ó belos, deitai ao chão a própria beleza!
- Depravai a memória,
mortalidade invisível em vossos corpos!
- Ó feio, sê assim, mudai a história, redimi a todos!
- Para a tua e a glória daqueles:
anjinhos feios há tanto decaídos em cântico!

Mas como é bela, e boa, e bem sabida,
A danada da santa não veio ou mandou recado.
(Belas são boas em dar bolos!)

Não! Não que seja errado ou inviável
Pedir coisas luminosas também ao feio.
Ou mesmo que o feio seja alheio ao sublime.
Creditemos, ora, solenemente a ele,
Olhos profundos e coração atento.

Mas, admitamos,
Um exigir tamanho, pesaria demais obsceno.

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