O crepúsculo estende seus dedos sobrenaturais
Sobre telhados de longes serras maciças e casas macilentas,
Gotinhas lacrimosas na superfície calma de pastagens.
Eu, miudamente protegido,
Miro por detrás da janela do carro
Visões que me visitam vindas do lá fora em movimento.
Chuva sobre bois, porcos, cabras,
Sobre sapos, aves e peixes;
Chuva sobre insetos e lagartos imensos e famintos.
Junto ao charco alguma gente.
Por que será, não me deixa essa vontade infantil
De visitar distâncias impossíveis?
E que me empurra por sentimentos contraditórios...
Ah se eu pudesse só por hoje sabê-los... Tantos...
Que se ajuntam ao corte dessa terra
De fertilidades sem propósitos.
Achei
que a vida é tão somente a mesma paisagem inundada,
Movente de novidades para quem anseia amoroso os regressos.
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