Padeço de um profundo senso de desregramento das coisas,
daí, inventei desmedidas para tudo...
É que nasci para águas
alimentos de coisas humanas umbigando-se
nas praias me movem; grãos d'areia espraiam afetuosamente
e no ajuntar dos corpos; exaspera a umidade exalada...
Se sou de vento, água é ascendente-natural:
elementos perigosamente combinados em alto mar.
E quando mais, se precipita o temperamento.
Já sereníssimas, águas tornam-se outros... Silenciosa ascensão
em troncos d'árvores fazem podridão germinativa de casca.
Nasci para águas mais que para relvas.
Mesmo quando sólidas de frias e espelho,
sendo constrangimentos ternos em nossa pele.
Águas borbulham e acolhem seres invisíveis.
Não creio haver algo semelhante à alma,
mas se houver, a minha deve sofrer de pingamento.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
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