quarta-feira, 1 de julho de 2009

ÓPIO E REFLUXO

Estar delegado ao asno
Feito feno que se ilude,
Corrompido pela boca magnânima do cuspe.

Nos despedimos, e a despedida não concede a trégua.
As folhas caem, e nossa facticidade convicta atravessa o crespo.
De solução em solução,
Onda... Recomeçamos
Com uma fé prosaica no recomeçar,
Mas cientes da insensatez que preside a tudo.

Fizemos trocas insubstanciais em pequenos frascos.
(A filigrama nos concede)
Há tempo!
Mas o tempo é um córrego convicto em seu propósito...
Nós... Temos em muita vez medo dos propósitos

O engajamento válido
É também um realismo morto...
Somos sóbrios,
E a sobriedade é o estar atento à invenção

Tomamos ópio.
Talvez haja nele um algo que nos vitalize.
Pensemos assim:
Ainda que haja asco, rebusquemos o episódio da insensatez.

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