quinta-feira, 2 de julho de 2009

O TEMPO É DURO E SECO

O tempo é duro e seco
Como o rosto de uma mulher que não amamos.
Ela nos acorda e fita de brinquedo,
E faz chantagens de amor...

Ela é bela, mas não se consuma,
O tempo é duro e entreaberto.
(E o que seria dela se a amássemos?)
Foi exilada de nossa esperança,
Para que lembrássemos de coisas que não ela.
(Vejam! Até parece que a amamos)

O tempo é semelhante ao vento que alisa a encosta dura.
Mas era encosta esse espelho.
Há visgos e ferrugens em tudo.

Quanto às discórdias,
Parecia que ninguém estava certo.

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